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Humanidade “Sobre Risco”

Falar da História da Humanidade é, sem dúvidas, aprender sobre os riscos e, com os riscos, aprender a se defender.


Se olharmos para o passado, há 60 mil anos, ainda na época das cavernas, os Homo Sapiens perceberam que, numa caçada de um mamute ou de um tigre dente-de-sabre, eram muito mais fortes numa investida contra a caça quando estavam em bando, diminuindo assim substancialmente a mortalidade dos indivíduos.


Os cameleiros do deserto também perceberam que, ao sair para levar suas mercadorias e expandir o comércio, sofriam com ataques de saqueadores, que, além de roubar suas mercadorias, muitas vezes eram mortos nessas investidas e, igualmente àqueles homens primitivos, entenderam a importância de estar em grupo.


Correndo o curso da história, na Idade Média, grande parte da riqueza da humanidade era distribuída por meio de embarcações. Na grande maioria das vezes, embarcações de péssima qualidade, onde o investidor, que patrocinava toda expedição, ficava sujeito a um afundamento da embarcação em um mar revolto ou até mesmo ao saque por piratas com a perda de toda mercadoria. Isso fez com que fossem criados então os primeiros mapas náuticos, onde se dizia quais as rotas mais seguras.


Ademais, por volta dos anos 1700, analisou-se que, por motivo de morte de um patriarca, não só a sua família como todos os cidadãos do vilarejo iam a colapso. Assim, com o óbito, todos perdiam.


O que fazer diante de riscos como esses então?


A partir dessas análises, sendo feitos estudos fiéis sobre as questões, verificou-se, inicialmente, a necessidade de proteção.


Em seguida, constatou-se que as consequências não tinham cunho individual, ao contrário, afetavam muitos indivíduos que, por sua vez, sofriam com o mesmo problema.


Ora, por que então não criar uma forma de mutualidade, onde os interessados pudessem ser ressarcidos de suas perdas e o risco fosse dividido entre todos?


Surge daí a Ciência do Seguro.



De fato, há duas formas de lidar com o famigerado risco: apostar e arriscar que nunca irá acontecer, pois Deus proverá, ou transferi-lo para uma empresa especializada.

O risco acontecido pode ser traduzido como “sinistro”, definido no dicionário como “desastre; circunstância que provoca perda, dor ou morte; dano material; perda de uma grande quantia em dinheiro quaisquer prejuízos causados aos bens dos indivíduos”.


Uma seguradora, portanto, não é nada mais nada menos do que uma empresa especializada, que utiliza técnicas de avaliações estatísticas e atuariais para cobrar um pagamento de valor com outras milhares de pessoas com o mesmo objetivo de proteção, para, com esse fundo, reparar algum possível desequilíbrio econômico ou perturbação no patrimônio.


Atualmente, existe seguro para quase todos os tipos de riscos: coisas, pessoas ou profissões. As modalidades são várias: Seguro de Automóvel, Empresa, Bikes, de Vida, Diárias de Incapacidade Temporária e até para Erros Profissionais.


Motivos para proteção não faltam e o inesperado está sempre além da nossa visão. Só não vê quem não quer. Melhor fechar a porta antes de ser roubado pelo acaso.


Artigo por Adjamir Pontes Cesar, sócio-diretor da Garantia Seguros, professor da ENS - Escola Nacional de Seguros - e fundador do Descomplicando Seguros.

 
 
 

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